31 de março de 2010

...a mais carinhosa também é a mais bruta

a mais inteligente é ao mesmo tempo a mais sensível

a mais bonita também é a mais emburrada

a mais esperta é ao mesmo tempo a mais mundo-da-lua

a mais bem humorada também é a mais secreta

a mais velha é ao mesmo tempo a mais moleca

a mais moça também é a mais madura.

Não vive sem a outra e eu não vivo sem as duas...

28 de março de 2010

As boas resoluções são inúteis tentativas de se interferir nas leis científicas. Sua origem é unicamente a vaidade. Seu resultado é completamente nulo. Dão-nos, de vez em quando, algumas daquelas emoções voluptosas e estéreis que têm certo encanto para os fracos. É só o que se pode dizer. São apenas cheques que os homens sacam contra um banco onde não têm conta corrente.

21 de março de 2010

"...Eu desejo tudo dessa vida...

Não deixo nada nem uma saída...

Eu tô indo embora tava de passagem...

Volto outra hora na cara e na coragem...

Houve um tempo em que eu não era assim...

Eu deixava o tempo passar por mim...

Hoje eu sei eu tinha que mudar...

Viver tudo e não deixar passar...

Tchau! Fui não volto mais...

Não procure mais por mim!"

20 de março de 2010

"É preciso que eu não esqueça,

que fui feliz,

que estou sendo feliz mais do que se pode ser."

Como vencer a saudade com algo que seja mais parecido com presença?

A saudade não tem nada de trivial. Interfere em nossa vida de um modo às vezes sereno, às vezes não. É um sentimento bem-vindo, pois confirma o valor de quem é ou foi importante para nós, e é ao mesmo tempo um sentimento incômodo, porque acusa a ausência, e os ausentes sempre nos doem.Por sorte, é relativamente fácil exterminar a saudade de quase tudo e de quase todos, simplesmente pegando o telefone e ouvindo a voz de quem nos faz falta, ou indo ao encontro dessa pessoa. Ou daquele lugar que ficou na memória: uma cidade, uma antiga casa. Podemos eliminar muitas saudades, enquanto outras vão surgindo. A saudade do gosto de uma comida, de um cheiro do passado, de um abraço. Há muitas saudades possíveis de se conviver e possíveis de matar. A única saudade que não se mata é a de quem morreu. Matar, morrer. Que verbos macabros para se falar de nostalgia. Já ouvi vários relatos sobre a saudade que se sente de um pai, de um avô, de um filho, de uma amiga, dos afetos que nos deixaram cedo demais - sempre é cedo para partir, não importa a idade de quem se foi. Ficam as cenas guardadas na lembrança, mas elas se esvanecem, recordações são sempre abstratas. De concreto, palpável, tem-se as fotos e as imagens de gravações caseiras, mas de tanto vê-las, já não vemos. Já a sabemos de cor. Não há o rosto com uma expressão nova, a surpresa de um gesto inusitado. Como, então, vencer a saudade com algo que seja mais parecido com presença? Através do sonho.Uma mãe que perdeu seu filho quatro anos atrás me conta que todos em casa sonham com ele, menos ela. Para sua infelicidade, ela não tem controle sobre isso, simplesmente não recebe essa bênção, e queria tanto. E eu a entendo, porque através do sonho a pessoa que se foi nos faz uma visita. Pode até ser uma visita aflitiva, mas a pessoa está de novo ali, ela está interagindo, ela está sorrindo, ou está calada, ou está dançando, ou escapando de nossas mãos, mas ela está acontecendo em tempo real, que é o período em que estamos dormindo, e que faz parte da vida, e não da morte. De vez em quando sonho com minha avó e sempre acordo animada por ela ter encontrado esse meio de me dar um alô, de me fazer recordá-la. Observo seu jeito, ouço sua voz e penso: quem roteirizou esse sonho? De onde vieram suas palavras para mim? A resposta lógica: meu inconsciente falou através dela, só que isso tira todo o encanto da cena. Prefiro acreditar que ela é que esteve no comando da sua aparição, me dizendo o que tinha para dizer, nem que fosse uma frasezinha à toa. Um colega de trabalho falecido há 20 anos num acidente de carro também já me apareceu em sonhos algumas vezes, e quando isso acontece acordo com a sensação de que morte, mesmo, é esquecimento: enquanto eu abrir as portas do sonho para ele entrar, meu amigo seguirá existindo. Nesse feriado de Finados, o que se pode desejar para os inúmeros saudosos de mães, de maridos, de netos? Que os sonhos abracem a todos. Como vencer a saudade com algo que seja mais parecido com presença? Através do sonhoA saudade não tem nada de trivial. Interfere em nossa vida de um modo às vezes sereno, às vezes não. É um sentimento bem-vindo, pois confirma o valor de quem é ou foi importante para nós, e é ao mesmo tempo um sentimento incômodo, porque acusa a ausência, e os ausentes sempre nos doem.Por sorte, é relativamente fácil exterminar a saudade de quase tudo e de quase todos, simplesmente pegando o telefone e ouvindo a voz de quem nos faz falta, ou indo ao encontro dessa pessoa. Ou daquele lugar que ficou na memória: uma cidade, uma antiga casa. Podemos eliminar muitas saudades, enquanto outras vão surgindo. A saudade do gosto de uma comida, de um cheiro do passado, de um abraço. Há muitas saudades possíveis de se conviver e possíveis de matar. A única saudade que não se mata é a de quem morreu. Matar, morrer. Que verbos macabros para se falar de nostalgia. Já ouvi vários relatos sobre a saudade que se sente de um pai, de um avô, de um filho, de uma amiga, dos afetos que nos deixaram cedo demais - sempre é cedo para partir, não importa a idade de quem se foi. Ficam as cenas guardadas na lembrança, mas elas se esvanecem, recordações são sempre abstratas. De concreto, palpável, tem-se as fotos e as imagens de gravações caseiras, mas de tanto vê-las, já não vemos. Já a sabemos de cor. Não há o rosto com uma expressão nova, a surpresa de um gesto inusitado. Como, então, vencer a saudade com algo que seja mais parecido com presença? Através do sonho.Uma mãe que perdeu seu filho quatro anos atrás me conta que todos em casa sonham com ele, menos ela. Para sua infelicidade, ela não tem controle sobre isso, simplesmente não recebe essa bênção, e queria tanto. E eu a entendo, porque através do sonho a pessoa que se foi nos faz uma visita. Pode até ser uma visita aflitiva, mas a pessoa está de novo ali, ela está interagindo, ela está sorrindo, ou está calada, ou está dançando, ou escapando de nossas mãos, mas ela está acontecendo em tempo real, que é o período em que estamos dormindo, e que faz parte da vida, e não da morte. De vez em quando sonho com minha avó e sempre acordo animada por ela ter encontrado esse meio de me dar um alô, de me fazer recordá-la. Observo seu jeito, ouço sua voz e penso: quem roteirizou esse sonho? De onde vieram suas palavras para mim? A resposta lógica: meu inconsciente falou através dela, só que isso tira todo o encanto da cena. Prefiro acreditar que ela é que esteve no comando da sua aparição, me dizendo o que tinha para dizer, nem que fosse uma frasezinha à toa. Um colega de trabalho falecido há 20 anos num acidente de carro também já me apareceu em sonhos algumas vezes, e quando isso acontece acordo com a sensação de que morte, mesmo, é esquecimento: enquanto eu abrir as portas do sonho para ele entrar, meu amigo seguirá existindo. Nesse feriado de Finados, o que se pode desejar para os inúmeros saudosos de mães, de maridos, de netos? Que os sonhos abracem a todos.
Você se sente em casa dentro do seu próprio corpo?



Muitos não passam de hóspedes de si mesmos...


Estar em paz é aceitar serenamente que você não tem todas as armas para conquistar o que deseja, não tem munição suficiente para levar todos os seus planos adiante e não possui um exército que diga amém para todos os seus delírios.


Você está só e é um sujeito heróico dentro do possível.


Costuma ir à luta por um emprego, por um amor, por grana, por objetivos razoáveis, e quando não dá certo, não dá, e quando erra, paciência, e quando acerta, oba, e quando está cansado, se recolhe, e quando está triste, chora, e quando está alegre, vibra, e quando enxerga longe, vai em frente, e quando a visão embaça, freia, e quando está sozinho, chama, e quando quer continuar sozinho, não chama.


Primeiro passo para a paz: reconciliar-se consigo próprio.


É o que a gente pode fazer de mais concreto, por mais abstrato que pareça!

19 de março de 2010

Martha Medeiros - Ser Feliz Não é Pecado!

Felicidade é ter noção da precariedade da vida, é estar consciente de que nada é fácil, é não se exigir de forma desumana e, apesar (ou por causa) disso tudo, conseguir ter um prazer quase indecente em estar vivo


A felicidade é desprezada por muita gente. A pessoa feliz sofre o preconceito de parecer uma pessoa vazia, sem conteúdo. No entanto, algo ela tem, senão não incomodaria tanto. Será que é porque ela nos confronta com nossa própria miséria existencial? É irritante ver alguém naturalmente linda, rica, simpática, inteligente, culta, talentosa, apaixonada e, ainda por cima, magra! Essa ninfa nunca ouviu falar em insônia, depressão, dívidas, mousse de chocolate?


Os felizes ainda estão associados ao padrão "comercial de margarina", portanto, costumam ser idealizados - e desacreditados. É como se fossem marcianos, só que não são verdes. Por isso, damos mais crédito aos angustiados, aos irônicos, aos pessimistas. Por não aparentarem possuir vínculo com essa tal felicidade, dão a entender que têm uma vida muito mais profunda. Você é feliz? Não espalhe, já que tanta gente se sente agredida com isso. Mas também não se culpe, porque felicidade é coisa bem diferente do que ser linda, rica, simpática e aquela coisa toda. Felicidade, se eu não estiver muito enganada, é ter noção da precariedade da vida, é estar consciente de que nada é fácil, é tirar algum proveito do sofrimento, é não se exigir de forma desumana e, apesar (ou por causa) disso tudo, conseguir ter um prazer quase indecente em estar vivo.


O psicanalista Contardo Calligaris certa vez disse uma frase que sublinhei: "Ser feliz não é tão importante, mais vale ter uma vida interessante". Creio que ele estava rejeitando justamente esta busca pelo kit felicidade, composto de meia dúzia de realizações convencionais. Ter uma vida interessante é outra coisa: é cair e levantar, se movimentar, relacionar-se com as pessoas, não ter medo de mudanças, encarar o erro como um caminho para encontrar novas soluções, ter a cara-de-pau de se testar em outros papéis - e humildade para abandoná-los se não der certo. Uma vida interessante é outro tipo de vida feliz: a que passou ao largo dos contos-de-fada. É o que faz você ter uma biografia com mais de 10 páginas.


Se você acredita que ser feliz compromete seu currículo de intelectual engajado, troque por outro termo, mas não cuspa neste prato. Embriague-se de satisfação íntima e justifique-se dizendo que é um louco, apenas isso. Como você sabe, os loucos sempre encontram as portas do céu abertas.


Rita Lee, que já passou por poucas e boas, mas nunca se queixou de não ter uma vida interessante, anos atrás musicou com Arnaldo Batista estes versos: "Se eles são bonitos, sou Alain Delon/ se eles são famosos/ sou Napoleão/se eles têm três carros/ eu posso voar". Também faço da Balada do Louco meu hino, que assim encerra: "Mais louco é quem me diz que não é feliz".
Eu sou portadora da impaciência do meu pai;

Do glamour, da classe e garra da minha mãe;
Da persistência e lucidez da minha avó;
Da inteligência dos meus irmãos, Da alegria e sapequice das minhas sobrinhas;
Do espírito festivo e companheiro das minhas amigas;
Das inquietudes e dúvidas de um Ser Humano!

Sou um dia de sol; um perfume suave.
Sou companhia, mas posso ser solidão.
Sou liberdade, dona das minhas vontades!
Sou intensidade em tudo que faço!
Sou 8 ou 80. Sou, às vezes, indecisa.
Sou inconstância, mas as vezes Tranqüilidade.
Sou abraços. Sou sorrisos, Sou ânimo.
Sou bom humor, Sou sarcasmo, Sou preguiça e sono.
Sou desajeitada e delicada que nem um elefante.
Sou apego pelo que vale a pena e desapego pelo que não quer valer…
Sou Música alta e silêncio. Mais silêncio que música!
Sou livros. Sou Jornais. Sou Revistas. Sou Internet.
Sou turismo. Sou cultura. Sou antiguidades. Sou nativismo puro!!
Sou pães, queijos e vinhos, os três alimentos que eu levaria para uma ilha deserta, mas não sou ilha deserta: Sou Campo!!
Sou Tradição. Sou chimarrão,
Sou o pôr-dol-sol com cuia na mão.
Sou bombacha, alpargata e Chamamé.
Sou rústica e sistemática.
Sou interior, Sou terra, Sou rio, Sou estrada.
Sou Missioneira, nascida em São Luiz Gonzaga!!
Sou inverno com lareira, pipoca e café preto!
Sou chocolate. Sou água mineral. Sou suco de abacaxi e Ice.
Sou morango com sorvete de creme com calda de chocolate;
Sou churrasco com maionese. Sou filé com fritas;
Sou cachorro-quente só com temperinho verde e queijo ralado.
Sou mais cama que mesa, mais dia que noite, mais flor que fruta, mais doce que salgado mais dourado que prateado, mais pizza que banquete, mais champanhe que caipirinha.
Sou vermelho. Mas Sou Gremista.
Sou banho tinindo. Hidratantes. Sou cabelo liso.
Sou jeans. Sou pouca roupa.
Sou Salto Alto. Sou Maquiagem. Sou esmalte vermelho.
Sou planos e objetivos.
Sou um pouco de tudo que vivi.
Sou um pouco dos lugares que fui.
Sou um pouco das saudades que deixei.
Sou muito das coisas que gostei. Entre umas e outras errei, entre muitas e outras conquistei.
Sou responsável pelas minhas escolhas e decisões.
Sou quem define e traça meu caminho.
Concluo... Não sou fanática por coisa alguma.
Nada me decepciona de forma irreversível ou me encanta de forma abobalhada.
Não mudo de opinião sobre as pessoas por causa de seus gostos ou hábitos, não sou defensora inconteste nem de mim mesma.
Sou uma eterna aprendiz. Sou feliz. Sou satisfeita. Sou uma eterna apaixonada pela vida!
Comigo não tem disse me disse, Não tem chove não molha desse jeito que SOU!
"...Às vezes no fim do dia, depois que o mate seca a cambona,

A saudade redomona busca um achego nos olhos meus,

E eu olho tudo na volta, pra me dar conta logo em seguida,

Que tudo isto é a vida que há muito tempo peço pra Deus..."
ROTINA



'' E a rotina começa de novo na Segunda-feira.

Esperar tanto tempo sozinha não é brincadeira.

Terça-feira é muito pior, é difícil ficar sem você!

Já é Quarta e o sol outra vez vai aparecer.

E o desejo de novo em meu peito acende a vontade,de pegar o telefone e dizer: AMOR que saudade!

Quinta-feira eu começo a viver.

Vem chegando o fim-de-semana

Sexta-feira a gente se ama, se ama, se ama!

E aí tá tudo bem, você é o que eu preciso!

Tudo certo Eu e Você no paraíso.

O cinema pra curtir e no Sábado sonhar.

No Domingo a gente volta a chorar.